segunda-feira, 4 de janeiro de 2010


Sou corpo. Ocupo lugar no espaço. Dependo de água, de carboidratos, proteínas...
Além de corpo sou mente, e mente, não está delimitada pela relação lugar-tempo-espaço.
Ah, mente... Como mentes!
Contigo posso ir à Londres ou numa tribo desconhecida pela civilização em um milésimo de segundo. Posso servir vinho à Cleópatra. Posso fotografar a queda de Golias. Posso até limpar o chão dos laboratórios da NASA ou tocar nos elétrons de Hélio. Posso pegar carona na carona que O Pequeno Príncipe pegava na calda do cometa, ou ajudar a consertar o avião em pane do célebre criador deste, que caíra no oceano para toda a existência.
Posso dizer aos quase desfalecidos construtores da Muralha da China, que a glória de sua obra será vista até pelos asteróides no grande espaço negro...

Mas minha mente tão livre e inquieta está dentro de meu corpo, limitado, por sua vez.
Não posso tocar a Lua, nem mesmo teclar com Freud (ele me bloqueou, o safado!), não posso isso, não posso aquilo...
Na mente posso tudo e nela sou o controlador dos rumos, porém, mais ordenado que os controladores do tráfego aéreo brasileiro.

Essa limitação dói em mim por observar as rugas, a pele perdendo viço, os cabelos perdendo o negro predominante, os músculos das costas que não são mais os mesmos, a postura que se curva...
É isso que dói: ver o corpo dela ficando velho, as células morrendo (lógico que nascendo outras), a força indo embora, deixando-a. Dói registrar que isso é natural. É essa a “rotinazinha” da vida.Vai juventude, vai firmeza da cútis, vão braços fortes. Vem o fim do corpo e este volta a ser pó.

E a mente? O coração? A alma?
Tão inexplorados são.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Que o ano novo seja maravilhoso até mesmo quando se tornar velho!!!
Feliz 2010...
Quais serão os desafios que nos esperam?