sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Eu quero cantar uma canção que afogue meus medos e receios da vida futura.
Eu quero uma certeza do sucesso e regozijar-me na alegria deste.
Quero cantar em tons e semitons, desde que seja pra ser feliz e sempre ter luz.
Sim, eu quero a amizade mais sincera que existe e louvá-la e que esta seja inspiração de poemas e que a poesia nasça e não morra nunca em mim.
Quero o mais apurado dos prazeres humanos e que estes não profanem a divindade que é esquecida, mas que a coroe e a honre.
Quero o mais límpido dos sorrisos e o mais brilhante dos olhares e que tua pupila seja para sempre minha paz e abrigo.
Quero teu abraço que me tira dessa dimensão e me faz ser mais crente na grandeza da Existência.
Quero sempre a satisfação de nosso encontro e que sempre a transcendência nos envolva em esferas brilhantes e que as notas de nosso violão nos façam flutuar numa massagem acima da compreensão.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Com você (Ao amigo leal)

Com você, cada minuto passa freneticamente, as horas são poucas e os dias insuficientes para estar ao seu lado.
Com você tudo é motivo de canção, cada segundo é mais que pura emoção, é luz, é um renascer de definições...
Com você, sempre tem uma música para tema, sempre tem calor, tem sinceridade.
Com você, mergulho na alma  e aprendi a sorrir de verdade.
Com você, a vida vale realmente a pena, mesmo nublado o sol é quente, e minha alma não é pequena.
Com você, meu sorriso se abre e minha sorte é favorecida, minha infância volta, minha coerência tira férias e minha rima, gargalha.
Com você, canto, louvo a poesia e bato o pé no chão.
Com você, desejo que o tempo pare e que prossigamos a nos conhecer.
Com você, a despedida é a mais dolorosa das dores, é pior que uma faca no peito, o mais temível dos dissabores, as mais amargas das lágrimas, choro...
Para você, meus mais doces poemas, minhas mais delicadas canções, meu mais forte abraço...
Para você, minha vida, minha mais fiel amizade e essas linhas simplórias.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Tem uma montanha de sonhos destruídos. Há rios de lágrimas e corpos neles sendo levados até o mar da desilusão...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Enfim, chuva...

A chuva veio ontem, lavou essa terra, apaziguou o calor, o que faz de imediato minhas glândulas sudoríparas ter um pouco de sossego...

O cinza que toma conta dessas ruas me é tão confortante...
Ele faz tudo ficar mais fácil para mim, mais perceptível...
Diminuem a quantidade de pessoas nas ruas, ficam só os pingos no chão da pracinha, uns cães insistentes e jovens que repetem a cada estação a velha oportunidade de jogar uma pelada defronte à matriz, com o busto do Emílio dando uma de juiz.
É um programa novo tomar banho de chuva, afinal, sol o ano todo entedia...
Não se precisa de chuva para a poesia nascer, mas essa calmaria que invade, é um convite para aquietar-se e escrever algo, criticar a programação da TV aberta, xingar o cachorro que está molhado e "gritando"...
A dinâmica da vida é uma grande orquestra, cheia de maestros, de músicos relutantes, de sons repetidos, mas necessários...
A chuva aqui torna as coisas mais simples, mais vivas e mais minhas. Eu tomo todas as ruas, todas as árvores e os pardais encharcados para mim. Tudo me pertence enquanto os outros escondem-se em suas casas.