sexta-feira, 15 de junho de 2012

Marketing X Morte



As campanhas dos serviços funerários quase sempre são motivos de certo desconforto. 
Este é causado pelo desconforto próprio de quem teme morrer, fato de simples compreensão, pois envolve todos nós que estamos vivos. 

As empresas que prestam serviço funeral têm que atentarem bem para o modo de abordagem dos clientes que as contratam, uma vez que o serviço não é algo que possamos dizer “positivo” e possível de fazer promoções que animem uma pessoa a comprar um pacote do serviço.
Esse modo se atrair a atenção tem que ser feita com muito bom-senso, pois envolve uma questão da sensibilidade humana.
Vamos decorrer sobre algumas ideias de quem atua no ramo. Há desde aqueles erros macabros, mas também há ideias criativas de quem vê esse segmento como carente de ideias, como aqueles que nem sequer utilizam de propagandas porque veem que não há necessidade (acredite!), uma vez que a morte é uma eventualidade e querendo ou não, ela chega...
Existem empresas que oferecem somente os caixões, as que oferecem além dos materiais do funeral, serviços de necromaquiagem, atendimento nas cerimônias, como aquelas que ofertam os espaços em terrenos e cemitérios particulares.
Você já parou para pensar sobre o modo que algumas empresas do ramo vendem seus serviços?

A atividade funerária é milenar e acompanha a existência humana desde o princípio. O amor pelo semelhante; o respeito e a solidariedade entre seres humanos, os sentimentos de dor e de saudades são forças naturais imorredouras que impulsionam o homem a cultuar seus mortos no desejo de perpetuar sua memória. 
E nestes momentos difíceis da separação sempre presente está o coração abnegado e respeitoso daqueles que aliviam a dor dos que ficam e pranteiam o inevitável confronto com a morte de seus entes queridos. 
Baseando nesse conceito, a sua melhor forma de fazer marketing será sem duvida o bom atendimento, o boca a boca.

Outras dicas, seus carros fúnebres, uniformes de funcionários, fachada da loja, anúncio dos obituários em jornais, televisão, campanhas em dias de finados, etc.
Outra oportunidade pode ser fazer o marketing da empresa funerária utilizando recursos que priorizam a vida, como impressos e envelopes de correspondência com mensagens sugestivas para doação de sangue, calendários de parede com informações alusivas ao ra
mo, bonés, canetas de bolso, patrocínios de eventos locais voltados a trabalhos solidários, camisetas, faixas, etc.
Cada região tem suas peculiaridades e este serviço, como qualquer outro, é abordado de forma distinta, adequando-se ao público local.
Veja os casos abaixo.
Humor
  • ''Não tenha pressa, mas quando for vá de primeira.''
  • Um cemitério colocou um outdoor ao lado de outro de uma operadora de celular que anunciava “Vivo, a partir de R$ 200”. Ele usava o mesmo boneco da empresa de telefonia, acompanhado dos dizeres “Morto, a partir de R$ 3 mil”. Isso no Rio de Janeiro.
  • “Quem é vivo compra agora”. Plano da Paz, Fortaleza.
Bem-estar para os que ficam vivos
  • ‘‘A solução moderna para um velho problema’’. A proposta era representar o conceito de cemitérios-parque, importado dos Estados Unidos. ‘‘Todo mundo tinha aquela idéia dos cemitérios públicos, naquele ambiente feio e triste. O ambiente mais alegre, com um campo florido e árvores, ajuda a confortar a família. Tem gente que até vem correr aqui de manhã’’, comenta, citando o caso dos corredores que recentemente viraram tema de reportagem na TV. – Jardim da Saudade, com sede em Curitiba e unidades em Pinhais e Blumenau, além do Crematorium Metropolitan também na capital paranaense. Hoje a empresa atua com o slogan ‘‘Tranqüilidade para quem fica’’, em uma propaganda que está sendo anunciada nas rádios. ‘‘No momento difícil, os gastos já são muitos e é complicado para sair em busca de um lote. Por isso, buscamos que as pessoas façam previdência. ’’ No caso da cremação, o custo de R$ 3.150 pode ser parcelado em até 24 vezes.

Pensamento ecológico
  • ''Respeito ao ser humano e à natureza'', do Cemitério Ecológico Jardim da Colina, divulgado nos automóveis da empresa.

A urna ecológica - Se você já teve um filho e escreveu um livro, pode ficar tranquilo, deixando a árvore sob responsabilidade dos descendentes. À venda na Funerária Paranaense, a urna ecológica, feita de fibras orgânicas, é biodegradável. Ela acompanha terra e sementes de árvores que dão flores.

Outro aspecto importante são os sites das empresas que mantém a ideia de trazer conforto às famílias: jardins verdes, pessoas sorridentes e de roupas claras.
Veja as figuras abaixo a campanha de publicidade lançada no México. 





Imagens livres da Internet.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Organizações arcaicas em um mundo novo



Nos últimos dias fiquei avaliando com base em artigos de sites, revistas e aulas de professores que assisto como ainda a gestão das organizações, é incongruente.
Diante de um mundo onde as transformações são constantes, os cenários mudam freneticamente, onde a sociedade participa mais (ainda timidamente, mas já se apodera do direito de voz), onde a massa tem mais acesso às informações, uma boa parte de organizações e por sua vez seus gestores ainda não acompanham o ritmo dessa verdadeira  metamorfose.
Não é raro encontrarmos empresas onde os colaboradores são vistos como engrenagens e setores como parte de uma máquina pouco complexa, o que não reflete a realidade de nossos dias.
Muitas empresas sabem até a “ladainha” bonita que todos sabem: “- Precisamos de gente que traga inovação, que saiba liderar, que vista a camisa em prol de nossa missão e de nossos valores”. Tenho por certo que você, assim como eu, já ouviu muito isso em seleções.
Agora vamos partir para a prática. Se você teve a oportunidade de entrar numa organização onde a gestão é pouco profissional, onde as características (missão, visão, valores e metas) dela ainda nem fora estudadas e transmitidas de forma concreta e onde setores são confundidos, com certeza você, meu caro eterno estudante de gestão, saberá que sua formação em Administração faz toda a diferença.
Tenho observado que os índices que órgãos como o Sebrae e Universidades publicam são notórios: tem muita empresa má gerida! Em outras palavras, como existem maus gestores.
Como agregar valor ao trabalho, a empresa, aos produtos e/ou serviços de uma organização sem antes validar o bem mais precioso de qualquer uma delas, as pessoas?
Pessoas sim fazem a diferença.
Atrair boas pessoas, bons profissionais tem sido bem difícil é o que as consultorias de RH e mídias falam e concordo, sim, o mercado é carente de gente preparada.
Mas é fato que tem muitos bons profissionais que não conseguem se encaixar em uma oportunidade ideal.
Tem dois lados nessa balança: empresas atraentes e profissionais bem preparados.
Uma empresa que não se vê como parte de uma cadeia social, no mínimo é ingênua na busca de lucro. E eu conheço várias empresas (e empresários) que ainda não alocaram como relevante seu papel social.
Quero convidar você a fazer diferença.
Vamos vestir a camisa de uma ordem onde negócios e sustentabilidade caminhem juntos.
Onde o verde do marketing não seja só de campanha, mas em realidade.
Grandes empresas sérias conseguem investir em potencialidades humanas. Empresas pequenas também podem e você, profissional da gestão, também pode despertar uma consciência coletiva, sócio responsável, humana e isso dá lucro, sempre dá.