quarta-feira, 4 de julho de 2012

O que você quer para você?



Nos últimos dias tenho tido experiências primorosas que me elucidaram uma veia de gratidão maior pelo que venho conquistando.
Nos últimos meses tenho passado por transformações em todas as áreas da minha vida.
Troquei de emprego várias vezes, mudei de opinião mais de uma centena, mudei de cidade, mudei de ciclos, de ideias e enfim, pude focar naquilo que sempre gostei de fazer: ajudar pessoas a serem melhores. Na verdade é uma procura pessoal, a de ser melhor.
Mas se você parar para pensar, existem muitos postos de trabalho que eu poderia me propor a fazer isto, concordam?
O fato é que eu sempre gostei de me pôr à frente de projetos, de meter a mão na massa, de ver resultados palpáveis. Fato também é que nem sempre os resultados aparecem em curto prazo. E isso demanda de nós paciência e acreditar que tudo vai dar certo.
Eu então resolvi mudar tudo de uma vez! Morrendo de medo, cheio de insegurança, de incertezas...
Deixei emprego de quatro anos, amigos de uma vida toda, “sonhos” que não faziam sentido e talvez fossem implantados em mim por outros... De fato eu nunca projetei uma vida para mim sem um trabalho/emprego que me trouxesse felicidade, alegria e que me ofertasse meios de progresso.
O primeiro fator foi escolher a graduação, o curso, a instituição. Depois os meses passaram, as dúvidas aumentaram, as variáveis que afetam as escolhas aumentaram. Na mesma proporção minha visão de mim mesmo mudou. Será que estava fazendo as escolhas certas? Será que estou dando meu melhor? Será que eu estou fazendo da vida mais poesia do que ela é?...
Anos se passaram e hoje descobri que fazia uma espécie de auto-coaching.
A insatisfação nunca afetou tanto minhas relações, mas houve datas que marcaram e foram molas propulsoras de tomadas de decisão. Decisões que assinalaram a vida que hoje estou tendo.
No trabalho, em um departamento público de uma cidade pequena, onde ideias não puderam sair do papel, projetos que nunca foram aceitos, pessoas que deixaram de ser beneficiadas. O que aprendi lá? O que posso hoje ver sem me queixar como outrora? A resposta mais nítida para mim é a seguinte: eu nasci com uma dose de inconformismo acentuada e uma alma inquieta que precisava avançar, precisava de parcerias e de grupos que querem o mesmo que eu. Então lá não seria possível.
No aspecto pessoal, namoros que aconteceram e findaram – eu que pensava me casar aos 22 anos (risos).
Passei meses na procura de oportunidades. Fiz cursos, ia a eventos de Marketing, Gestão, Educação...
Então, a vida cooperou comigo e um grande acontecimento fez com que laços fossem desatados. Parti.
No início nada aconteceu como previ, como projetei. Boa parte aconteceu melhor, diferente e hoje creio que foi da melhor forma.
O que sempre finquei como assunto de total relevância foi felicidade e continuo fazendo isso.
Nos primeiros meses, já com o curso de bacharelado em Administração findando e com minha insatisfação e faro para opinar, entrei em empresas que ainda não sabem ver as pessoas como seu capital de maior valia. Atuei em vendas, em shopping e me deparei com perfis que não são social e intelectualmente compatíveis com o que quero para mim.
Depois fui para setor de Educação superior, também vendas, mas onde podia utilizar a tecnologia e o Marketing que tanto me fascinam.
Meses de muito trabalho me trouxeram experiência e enxerguei que estava um passo a frente do modo de atuação. Ou seja, não podia fazer tudo o que sei, seria limitante e mais uma vez me senti “acuado” com o clima organizacional pouco produtivo.
Mas mais uma vez a vida me surpreendeu e minhas amizades, que estratégica e profissionalmente costumamos chamar de networking, dera-me a oportunidade de me encontrar.
Engajei então um trabalho se suporte a educação superior. Houve o momento então da epifania: “cara, é isso!”.
Meses depois, graças a muitas conversas e análises, deixei os demais compromissos e hoje me dedico exclusivamente à educação e ao preparo de jovens para o mercado de trabalho.
Bom, tantas palavras para se chegar ao que vim dizer.
Essa postagem é para você que se sente perdido, que não sabe qual carreira seguir, qual curso fazer, qual instituição. Acredite que, não somente o primeiro, mas os demais, dependem de você.
O primeiro passo é parar. Parar e se perguntar “onde quer chegar?”, “o que preciso em curto prazo?”, “quais vagas de emprego estão sendo ofertadas?.”
Acredite quando você se fizer essas perguntas você já deixou meia dúzia de pessoas para trás (se a vida fosse uma competição aberta).
Quando me engajo para uma análise das oportunidades possíveis, já tenho como pré-formar um ideal.
Depois disso é listar, é tentar e partir para a ação.

Nos últimos dias, já em sala, diante de tantas mentes e de olhos que me veem dos pés a cabeça e me analisam dispostos a apontar qualquer vacilo, erro gramatical ou mesmo a forma de eu articular, percebo como são tantos os que ainda não tem a graça de fazer o que gostam e, pior ainda, encontro tantos que nem sabem se gostam de fazer algo!
Estou em um momento feliz, de adaptações, de desafios. O maior deles é fazer com que uma hora e meia, duas horas ou três sejam de impacto na vida das pessoas que esperam algo de bom nas aulas das instituições onde presto o meu serviço. Fazer ou simplesmente ajudar a orientar as pessoas.
Encontrar meios divertidos, motivadores, cativantes e que fisguem a atenção são o maior dos desafios, pois cada grupo tem um perfil, peculiaridade e maturidade distintas.
Você que está findando o ensino médio, entrando no superior, ou concluindo o curso (licenciatura, bacharelado ou tecnológico). Você que já tem décadas de experiência no mercado, não importa. Todos nós queremos novidade de vida, queremos nos sentir bem. Bem remunerados, bem felizes, bem avaliados.
Diante de um mundo que nos cobra tantas habilidades, de qual outra forma iremos adquiri-las se não estudarmos, interagirmos com pessoas que entendem do assunto “x”, criar uma cadeia de conhecimento e de boas relações que nos impulsem a conquistar o posto desejado?

Um dos assuntos que irei abordar neste espaço é justamente o de inserção e felicidade no mercado de trabalho.
Espero sua interação. Vamos juntos!