Dia a dia

Preconceito nosso de cada dia

A maioria das pessoas têm dificuldades de assumirem seus conceitos, quanto mais seus "pré-conceitos".
Vamos lá falar rapidamente de preconceito.
Quando você recebe informações dos seus ancestrais, os princípios e valores que "regram" suas decisões foram em sua maior parte determinada pelo estilo de sua criação. Lógico que fatores externos interferem, não se pode negar. Há teorias que falam que já nascemos prontos.

Então tudo o que é diferente do nosso eu e de nosso grupo, causa estranheza.
Uma mulher mais velha casar com um homem mais novo, um homem que se envolve com outro homem, uma mulher que trai seu marido, um comportamento sexual de risco, uma banda de metal que é formada por rapazes virgens... Estranho, muito estranho...

Quando sentimos essa sensação de estranheza e de não pertencer a um grupo com certas atitudes e, quando não concordamos com algumas atitudes e nos firmamos contrários, estamos sim sendo preconceituosos! Afinal, digo para mim mesmo que aquilo do outro é errado.

Como posso afirmar o que não vivo? Como posso categorizar se não sei o que se passa no intrínseco do outro?

É isso o que as sociedades sempre fizeram e fazem hoje.
"Fulano é um ímpio". "Sicrano é herege". "Beltrano é bruxo"!

A discussão cansada dos debates polêmicos no Brasil (homossexualidade, aborto, economia, corrupção, voto obrigatório, PT no poder) nunca avança porque em nosso País temos uma #educação tão rala, que entender de comportamento é para poucos. Mas ao meu ver (que é particular e posso mudar quando for o caso) o grande problema do Brasil é falta de percepção que o cidadão tem de si mesmo. E esse problema decorre da baixa evolução humana que temos, do autoconhecimento - talvez porque temos que passar mais tempo tentando sobreviver.

Acho ainda atrasado debates quanto a escolha das relações que todo homem e mulher podem fazer para suas vidas, mas como quase tudo no Brasil é atrasado, hajam anos para amadurecer essa tomada de razão.
Só vejo um problema que também é solução: a #TV brasileira trazendo esses debates.
Prova disso são as novelas da #Globo.

Uma boa arma é a questão de repetição de mesmos personagens com nomes diferentes: o gay cheio de trejeitos, a vilã "gostosa", o garotão "pegador", a mocinha bondosa e emocionalmente decadente, o pobre sempre feliz, o rico sempre ostentador.

Acho que é uma faca de duas, três ou infinitas navalhas.
Quem deve orientar a família é quem montou essa família!
O problema é que os pais do Brasil não se conhecem, vestem-se de capas de religiões, de regras familiares e até regionais e terceirizam a educação de seus filhos, esquecendo de fazer o que devem fazer: permitir o autoconhecimento de seus filhos, ser presente e bons ouvintes de suas descobertas.

Sim, sou preconceituoso, mas aprendi que ser quem se é, é questão peculiar e íntima de qualquer indivíduo.
Meu preconceito não toma meu corpo, toma minha reflexão.
E para cada #preconceito analisado, um conceito novo nasce em mim.

Por um mundo de mais #aceitação.

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