quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Falando de nada....

Os poetas sempre têm muito a falar. E falam tanto que até mesmo quando não têm nada para dizer, acabam dando início a uma construção do porquê da ausência, ou por que não dizer, da presença do nada.
Se eu fosse poeta, eu faria o mesmo!
Mas agora, os pernilongos picam meus pés, sugando meu sangue sofrido. Essa coceirinha que me causam, é de certa forma gostosa. Vou coçando, coçando... e o sono parece querer chegar...
Céleres muriçocas! Negras, pernas longas de top model, esbeltas e a cada geração maiores. Quando eu era mais infantil, sempre me lembravam o 14 Bis... Agora, todas vocês me lembram da famosa e por assim dizer, Dengue. E sei que é o primo de vocês o grande vilão, ou melhor, o escolhido para tal função. Mas quanta semelhança!
Sempre me deu muito prazer em jogar algum desses sprays inseticidas em vocês!
Na verdade, só é melhor matar baratas, mas em segundo plano, exterminar parte de vocês é uma delícia! Um ritual!
Minha fraca mente, no confronto id-ego, diz: “Como é, perder tempo falando de muriçoca?”
E eu respondo: “Se a Lispector falou de barata, por que eu não posso falar de vocês? (E olha que ela era mulher  e barata sempre é uma coisa mais nojentinha.)”
Sempre e em toda parte, talvez não no Itamaraty e nas mansões de gente mui besta, mas no resto das vidas, vocês sempre dão o ar de presença.
Como vocês não sabem ler, creio eu, vou parar por aqui, já que poeta não sou e do nada, nada sei.

Nenhum comentário:

Postar um comentário