segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Enfim, chuva...

A chuva veio ontem, lavou essa terra, apaziguou o calor, o que faz de imediato minhas glândulas sudoríparas ter um pouco de sossego...

O cinza que toma conta dessas ruas me é tão confortante...
Ele faz tudo ficar mais fácil para mim, mais perceptível...
Diminuem a quantidade de pessoas nas ruas, ficam só os pingos no chão da pracinha, uns cães insistentes e jovens que repetem a cada estação a velha oportunidade de jogar uma pelada defronte à matriz, com o busto do Emílio dando uma de juiz.
É um programa novo tomar banho de chuva, afinal, sol o ano todo entedia...
Não se precisa de chuva para a poesia nascer, mas essa calmaria que invade, é um convite para aquietar-se e escrever algo, criticar a programação da TV aberta, xingar o cachorro que está molhado e "gritando"...
A dinâmica da vida é uma grande orquestra, cheia de maestros, de músicos relutantes, de sons repetidos, mas necessários...
A chuva aqui torna as coisas mais simples, mais vivas e mais minhas. Eu tomo todas as ruas, todas as árvores e os pardais encharcados para mim. Tudo me pertence enquanto os outros escondem-se em suas casas.

Um comentário:

  1. Gostei do blog. Segue uma linha interessante.

    Também tenho um, voltado aos versos, mas alinhado com as notícias.

    Bruno
    (http://noticiaemverso.blogspot.com)

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