A chuva veio ontem, lavou essa terra, apaziguou o calor, o que faz de imediato minhas glândulas sudoríparas ter um pouco de sossego...
O cinza que toma conta dessas ruas me é tão confortante...
Ele faz tudo ficar mais fácil para mim, mais perceptível...
Diminuem a quantidade de pessoas nas ruas, ficam só os pingos no chão da pracinha, uns cães insistentes e jovens que repetem a cada estação a velha oportunidade de jogar uma pelada defronte à matriz, com o busto do Emílio dando uma de juiz.
É um programa novo tomar banho de chuva, afinal, sol o ano todo entedia...
Não se precisa de chuva para a poesia nascer, mas essa calmaria que invade, é um convite para aquietar-se e escrever algo, criticar a programação da TV aberta, xingar o cachorro que está molhado e "gritando"...
A dinâmica da vida é uma grande orquestra, cheia de maestros, de músicos relutantes, de sons repetidos, mas necessários...
A chuva aqui torna as coisas mais simples, mais vivas e mais minhas. Eu tomo todas as ruas, todas as árvores e os pardais encharcados para mim. Tudo me pertence enquanto os outros escondem-se em suas casas.
Gostei do blog. Segue uma linha interessante.
ResponderExcluirTambém tenho um, voltado aos versos, mas alinhado com as notícias.
Bruno
(http://noticiaemverso.blogspot.com)