Meu amigo violão.
No fim, só me restou tu.
Eu te abraço no meu colo e, no teu colo, choro em melodia penosa.
Nos meus acordes mal feitos, sinto o teu abraço que afasta meu vazio.
Nas tuas cordas vibro na tentativa de sair desta dimensão que deu pra ser mesquinha comigo.
No teu corpo liso, meu braço descansa e repousa rápido.
No teu braço, faço carinho e logo minha melancolia foge.
És meu companheiro nessas noites frias, apesar de tu insistires em ser só violão.
Mas sei que estás além, és amigo de madeira, metal e som, calor e emoção.
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