sábado, 13 de agosto de 2011

Se eu for um indivíduo triste, farei da minha tristeza uma poesia.
Se meu amargor for maior que a doçura exalada no abraço de gratidão, farei dele poesia.
Se a morte me parecer um obstáculo intransponível e minhas lágrimas me embebedarem, fazendo-me um bobo solitário por vontade, farei a poesia dos loucos, pois só estes vivem de verdade. 
Não se importam tanto com a interpretação livre de si, não reclamam tanto do que os outros impõem como definição, não fazem guerra. Só escrevem e cantam, só choram e correm e ficam bêbados com as desilusões fermentadas próprias desta vida cada vez mais indefinida...
E se a canção soar assim tão longe, tão fraca e alongada, e se somente a lua, companheira das almas vagantes, a ouça, escreverei no papel em lápis e na eternidade cantarão comigo ao som da brisa vacilante.

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