Não, eu não sou um cara assim "de cultura".
Não falo Inglês, mal sei me expressar nessa língua doida nossa.
Nunca li Nietzsche e nem sei pronunciar esse substantivo.
Minha ignorância é colossal!
Admiro essas pessoas inteligentes, sabe? Parecem que elas nascem com uma luz maior.
Picasso, Peter Drucker, Tarsila, Cecília Meireles, Oscar Niemeyer, Shakespeare, Chico Mendes, Zilda Arns, José de Alencar, Chalita, Fernanda Montenegro, Mário Quintana, Lília Cabral, Fernando Pessoa, Marie Curie, Einstein, Descartes, Saint-Exupéry, Camões...
São tantos que nem mesmo já parei para ler, ver, sentir o que nos deixaram.
Já quis ser um desses tipos. Não quero mais.
Prefiro procurar a brisa fácil, inspirá-la.
Prefiro a vida simples, os grilinhos irritantes do quintal que me desconcentram às vezes, a rua deserta de gente que parece não viver e cães rolando no chão, parecendo crianças puras.
Mas só desejo isso por algum tempo.
Depois a bagunça interna renasce em mim outra vez e meu eu é tomado do tédio dessa monotomia, sempre lenta, mas bela.
É isso que dá acordar mais cedo que os outros... Essa sensação besta de que tenho mais raciocínio do que eles, quando na verdade sou o mais tolo em pensar que eles estão errados nessa rotina já acostumada e querida.
Não sou um ser de cultura.
Ignácio
sábado, 29 de maio de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Por que queres comandar meu mundo?
Quem disse que te quero como meu gestor? Quem te disse que quero me submeter ao teu cajado injusto?
Nunca me enxergou a fundo. Quantas vezes mergulhou em minha pupila?
Quais são os meus segredos que te pertencem?
Quantas vezes ouviu minha opinião, conheceu minhas frustrações e ideias? Acaso tenho eu culpa de tua incompetência em se relacionar com quem tu julgas de imbecil?
Acaso posso eu me moldar conforme tua forma burra, seca e sub-humana?
Eu sei o que sentes, animal débil!
É medo de veres que sou mais forte, mais hábil...
Tens medo de ver tua posição descer ao ralo.
Quão medíocre és tu, alma de barata!
Não pedes perdão, não se autoavalia, não aceita opiniões, tão pouco propostas inteligentes. Tu és uma das pessoas mais toscas que já vi!
não consegue ver qualidades nos outros. Como podes ser assim?
Nem olhar-te posso mais. Cria em mim sentimentos de almas pobres. Tua postura de ser auto-suficiente mostra que és fraco, centralizador e incapaz de ser sincero.
Tua existência profocou em mim, depois que me frustraste, a visão que sou mais iluminado.
Pena que não gosta de luz, morceguito bobo!
Por ser cego, por ter se bloqueado de relações tão amigáveis, não tens mais ninguém pra contar.
Pena...
Já quis ser teu amigo. Agora, não mais. Não neste instante, quem sabe quando perceberes que a trave ta no teu olho e não nos olhos dos que descartas.
Pena, mas não te aceito.
Perdoo, mesmo sem pedir, mas tua energia oposta me faz mal.
Por enquanto, não. Fica aí mesmo.
Pena...
Ignácio
Ignácio
terça-feira, 13 de abril de 2010
Há uma ansiedade por paz interior. Há um desejo ardente de sentir mais a simplicidade da vida, ser menos apegado às circunstâncias... O que quero? São tantas as respostas. Quero ler todos os livros que vejo pela frente, quero comer granola com leite antes de ir trabalhar, quero correr todos os dias, quero nadar sempre que tenho vontade, quero assistir todos os filmes de ação e suspense daquela locadora, quero ser amigo íntimo do Criador, quero ser um humano alado, quero ser o mais fiel amor, quero ter vida límpida, quero ver céu azul e respirar os aromas da brisa pura...
Quero, quero... tantos são os "queros"... Mas o que a gente quer mesmo é que tudo vá bem sempre, ter sucesso em tudo, não sentir dores e nem enfrentar o drama da morte.
Se eu enxergar além dessa verdade palpável terrena, serei mais feliz.
Quero estar nos braços de Deus.
Abraça-me...
Ignácio
Ignácio
sexta-feira, 12 de março de 2010
A notícia que todo mundo ouviu falar ou leu na net: a morte de Glauco... (foi a primeira coisa que li hj)
Mais um acontecimento trágico que entristece o coração de pessoas que o conheciam de verdade, ou mesmo leram e sentiram dor de barriga de tanto ri com os personagens tão conhecidos...
Mas a questão não é somente o porquê da morte de Glauco (e de seu filho, Raoni), por ser conhecido. Esse fato traz à consciência (de quem a tem) um debate ou diálogo da situação de nossa sociedade.
O problema em questão é saber onde tudo vai parar, ou ainda, se um dia irá ter fim, ou se alguém quer realmente alguns dias melhores...
Minha Fé, diz NÃO.
Mas não é por não acreditar que nosso mundinho não vai se tornar num jardim florido, cheio de borboletas, que vou agir com irresponsabilidade, não vou estudar, pagar minhas dívidas, arrumar confusão e praticar outros atos que ofendem a moral e ética da vida em sociedade...
Porém, observa-se que todo mundo age com um conformismo desgraçado: famílias não educam seus filhinhos desvairados (olhem para a Jubina... até em Martinópole já tem pó no morro), a população não procura ser mais esclarecida, sendo que preferem mais BBB besta que um programa educativo; todo mundo fala de corrupção, detonam a imagem dos políticos (que já fica suja antes de se sujarem), mas não agem e muitas vezes não cumprem com seu dever de cidadão. Nem lembram para quem deu/vendeu seu voto, que por sua vez nem sabe o que acarretará num futuro, tudo para garantir uma bicicletinha nova...
Sempre, todo dia, em todo telejornal (abarrotado de merchandising de cervejas) veremos notícias de violência em todas as suas manifestações...
Mais um mensalão daqui a uns dias, mais um assalto a um grande banco, mais uma queda de avião... Já nos acostumamos a viver uma vida de desgraças!
Até mais!
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Olho para as núvens procurando fuga. Fugir dos meus pensamentos, fugir das minhas definições de quem eu sou, do que penso. Não sei o que sou e não sei o que quero ser.
Baixo meu olhar, procurando não ver os rostos pelas ruas. Não quero encontrar caras, outros olhos. Quero encontrar o eu, ou mesmo matá-lo. O que quero não sei.
Meus olhos choram. Minh'alma morre. Eu me entristeço. Penso que estou só. Ouço o vento movendo as folhas, sento no quintal. Sinto meu pé no chão. A terra tá quente, as plantas (roseiras de minha mãe) estão murchas... Não sei se tão murchas quanto meu coração; não sei se tão caídas como meu semblante.
Os ruídos chegam. A inspiração quer ir embora. O amor quer me faltar. As esperanças e sorriso, também.
Quem sou, quem fui eu, quem serei... Indagações que só Deus sabe respoder. A escolha é minha.
A prosa, o verso não criam forma. A gramática some e a boa ortografia me desafia. A emoção me deixa e fico como mata no sertão seco.
Um buraco no peito, um frio no estômago. Queria que minha mente fosse como um balão, afinal, seria bem fácil explodí-la, ou mesmo desatar a boca. Mas não é.
Então o remédio é a busca da paz, no aconchego do colo, da presença nas letras, da caneta na folha, em mim...
Quanto mais me escondo de mim, mais me encontro.
Covarde! Eis o que sou!
Um covarde, um rascunho de um texto numa folha amassada...
Uma vida tentando escrever-se em linhas...
Baixo meu olhar, procurando não ver os rostos pelas ruas. Não quero encontrar caras, outros olhos. Quero encontrar o eu, ou mesmo matá-lo. O que quero não sei.
Meus olhos choram. Minh'alma morre. Eu me entristeço. Penso que estou só. Ouço o vento movendo as folhas, sento no quintal. Sinto meu pé no chão. A terra tá quente, as plantas (roseiras de minha mãe) estão murchas... Não sei se tão murchas quanto meu coração; não sei se tão caídas como meu semblante.
Os ruídos chegam. A inspiração quer ir embora. O amor quer me faltar. As esperanças e sorriso, também.
Quem sou, quem fui eu, quem serei... Indagações que só Deus sabe respoder. A escolha é minha.
A prosa, o verso não criam forma. A gramática some e a boa ortografia me desafia. A emoção me deixa e fico como mata no sertão seco.
Um buraco no peito, um frio no estômago. Queria que minha mente fosse como um balão, afinal, seria bem fácil explodí-la, ou mesmo desatar a boca. Mas não é.
Então o remédio é a busca da paz, no aconchego do colo, da presença nas letras, da caneta na folha, em mim...
Quanto mais me escondo de mim, mais me encontro.
Covarde! Eis o que sou!
Um covarde, um rascunho de um texto numa folha amassada...
Uma vida tentando escrever-se em linhas...
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Sou corpo. Ocupo lugar no espaço. Dependo de água, de carboidratos, proteínas...
Além de corpo sou mente, e mente, não está delimitada pela relação lugar-tempo-espaço.
Ah, mente... Como mentes!
Contigo posso ir à Londres ou numa tribo desconhecida pela civilização em um milésimo de segundo. Posso servir vinho à Cleópatra. Posso fotografar a queda de Golias. Posso até limpar o chão dos laboratórios da NASA ou tocar nos elétrons de Hélio. Posso pegar carona na carona que O Pequeno Príncipe pegava na calda do cometa, ou ajudar a consertar o avião em pane do célebre criador deste, que caíra no oceano para toda a existência.
Posso dizer aos quase desfalecidos construtores da Muralha da China, que a glória de sua obra será vista até pelos asteróides no grande espaço negro...
Mas minha mente tão livre e inquieta está dentro de meu corpo, limitado, por sua vez.
Não posso tocar a Lua, nem mesmo teclar com Freud (ele me bloqueou, o safado!), não posso isso, não posso aquilo...
Na mente posso tudo e nela sou o controlador dos rumos, porém, mais ordenado que os controladores do tráfego aéreo brasileiro.
Essa limitação dói em mim por observar as rugas, a pele perdendo viço, os cabelos perdendo o negro predominante, os músculos das costas que não são mais os mesmos, a postura que se curva...
É isso que dói: ver o corpo dela ficando velho, as células morrendo (lógico que nascendo outras), a força indo embora, deixando-a. Dói registrar que isso é natural. É essa a “rotinazinha” da vida.Vai juventude, vai firmeza da cútis, vão braços fortes. Vem o fim do corpo e este volta a ser pó.
E a mente? O coração? A alma?
Tão inexplorados são.
Além de corpo sou mente, e mente, não está delimitada pela relação lugar-tempo-espaço.
Ah, mente... Como mentes!
Contigo posso ir à Londres ou numa tribo desconhecida pela civilização em um milésimo de segundo. Posso servir vinho à Cleópatra. Posso fotografar a queda de Golias. Posso até limpar o chão dos laboratórios da NASA ou tocar nos elétrons de Hélio. Posso pegar carona na carona que O Pequeno Príncipe pegava na calda do cometa, ou ajudar a consertar o avião em pane do célebre criador deste, que caíra no oceano para toda a existência.
Posso dizer aos quase desfalecidos construtores da Muralha da China, que a glória de sua obra será vista até pelos asteróides no grande espaço negro...
Mas minha mente tão livre e inquieta está dentro de meu corpo, limitado, por sua vez.
Não posso tocar a Lua, nem mesmo teclar com Freud (ele me bloqueou, o safado!), não posso isso, não posso aquilo...
Na mente posso tudo e nela sou o controlador dos rumos, porém, mais ordenado que os controladores do tráfego aéreo brasileiro.
Essa limitação dói em mim por observar as rugas, a pele perdendo viço, os cabelos perdendo o negro predominante, os músculos das costas que não são mais os mesmos, a postura que se curva...
É isso que dói: ver o corpo dela ficando velho, as células morrendo (lógico que nascendo outras), a força indo embora, deixando-a. Dói registrar que isso é natural. É essa a “rotinazinha” da vida.Vai juventude, vai firmeza da cútis, vão braços fortes. Vem o fim do corpo e este volta a ser pó.
E a mente? O coração? A alma?
Tão inexplorados são.
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