sábado, 29 de maio de 2010

Não, eu não sou um cara assim "de cultura".
Não falo Inglês, mal sei me expressar nessa língua doida nossa.
Nunca li Nietzsche e nem sei pronunciar esse substantivo.

Minha ignorância é colossal!
Admiro essas pessoas inteligentes, sabe? Parecem que elas nascem com uma luz maior.
Picasso, Peter Drucker, Tarsila, Cecília Meireles, Oscar Niemeyer, Shakespeare, Chico Mendes, Zilda Arns, José de Alencar, Chalita, Fernanda Montenegro, Mário Quintana, Lília Cabral, Fernando Pessoa, Marie Curie, Einstein, Descartes, Saint-Exupéry, Camões...
São tantos que nem mesmo já parei para ler, ver, sentir o que nos deixaram.
Já quis ser um desses tipos. Não quero mais.
Prefiro procurar a brisa fácil, inspirá-la.
Prefiro a vida simples, os grilinhos irritantes do quintal que me desconcentram às vezes, a rua deserta de gente que parece não viver e cães rolando no chão, parecendo crianças puras.
Mas só desejo isso por algum tempo.
Depois a bagunça interna renasce em mim outra vez e meu eu é tomado do tédio dessa monotomia, sempre lenta, mas bela.
É isso que dá acordar mais cedo que os outros... Essa sensação besta de que tenho mais raciocínio do que eles, quando na verdade sou o mais tolo em pensar que eles estão errados nessa rotina já acostumada e querida.
Não sou um ser de cultura.

Ignácio

2 comentários:

  1. Muito obrigado por gastar seu tempo lendo minhas loucuras sensatas.
    Também gostei bastante dos teus escritos.
    Grande Abraço !
    Manteremos contato !

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  2. A verdadeira poesia não está na métrica perfeita, na rima.. está no modo de se ver o mundo. Gostei muito do teu jeito de escrever.
    Um abraço e uma ótima semana

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