Os dias vêm, palavras saem, pessoas chegam, vão embora... as incertezas as vezes se apoderam de todo nossso ser e as esperanças se sufocam dentro de nosso peito apertado pela angústia que nos envolve, nos rouba ar e nos mata, consome.
Os verbos fluem de uma maneira que não se consegue prender na boca.
Aquele escritor da literatura batizada de auto-ajuda, é o abrigo.
_Não deu!
Então, o amigo, talvez me ouça...
_Não, ele não está! Foi passar o fim de semana na praia de Jeri.
Sobrou apenas a cama, o leito acolhedor, o lençol que esconde o rosto.
Na solidão, há o encontro consigo mesmo e as trevas de seu interior toma conta de seus olhos fechados e molhados da água que salta de seu interior magoado e todo ferido dos golpes daquela língua que disse o que em meio termo é verdade, mas que dói.
O sono vem na tentativa de fazer esquecer o que passou mas que está sempre diante de seu semblante, acusando-o, apontando-o, metendo o dedo na chaga sangrenta.
Até que percebe que o quarto, não é segurança e um lugar alto, mas sim um refúgio covarde. Até que ver que o lençol, não te protege dos choques e somente pode, se usado para outro fim, enxugar suas lágrimas quentes.
Por mais que procure encontrar noutra fonte, a felicidade sempre só se faz presente ali. E você já sabia!!!...
Somente por orgulho saiu a procura em outro lugar e não sabe que o orgulho é a pior arma contra si. Seu pior inimigo é seu ser orgulhoso, cheio de seu ego, de suas próprias definições e hermeticamente trancado a voz de outro, sem alternativas.
Depois de tanto procurar e ser guiado por mapas errados, dá-se conta que errou e então abre a janela e deixa a luz externa invadir seu interior frio que tem um brolho verdinho, mas murcho e sem cor que só precisa dos raios do sol.
"Não sei porque escrevi isto!"
Ignácio
Nenhum comentário:
Postar um comentário