sábado, 29 de maio de 2010

Sem métrica nem trovador

Eu prefiro a gente simples, de suor na testa,
De mãos calejadas, de costas curvadas,
Que sorri disfarçada,
Com um olhar profundo e alma sincera.


Não, isso não é poesia.
É só mesmo pra dizer
Que a felicidade não está
Somente no modelo que criaram pra se viver.


Não é nessa mesmice que espalham pelos lados,
Não é nesse estilo que adotam:
Olhares iguais, copiados.
Não é nessa moda passageira,
Nessa vida sem eira nem beira,
De pseudomúsica e embriaguez,
De mentes escravas do vil metal,
Outras escravas da ciência e presas ao surreal.


Felicidade está na mente peculiar de cada um.
Cada gente é agente transformador.
Tanto eu, como tu,
Pode tirar os espinhos para cheirar a flor.
Não, eu poeta não sou.
Nem métrica tenho
Apenas um coração sofredor.


Eu prefiro gente que as agruras não deixaram
Que o coração viesse amargar
Mas que agradecem pela lição que tomaram
Que no Divino não deixaram de acreditar.

Ignácio

3 comentários:

  1. Boa Noite!!realmente o mundo não é como pintam...mas se voce tem o poder de mudar tudo em sua vida... que tal colocar uma cor e desfrutar de coisas simples e belas..para nao sofrer tanto assim...Tua fé o sustenta parabens

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  2. Thiago Cardoso Sepriano: Gostei demais desa observação sobre a alma humana, que quase sempre não pode ser vista ou analisada por conta de tantos personagens que precisamos inventar todos os dias.

    Parabéns!

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  3. Olá, ignácio... muito humilde sua poesia. Não se subestime dizendo que não é poeta, apenas tem um coração sofredor. Sofrer pelo mundo injusto que se vê e expressar isso através de palavras para transformar esse mundo já é poesia! E isso não se deve subestimar, pois é como subestimar uma estrela. E vejo que ela começou a brilhar em vc. O poema tá bom, mas vc pode desenvolver mais, trabalhar mas as palavras, sem deixar de ser simples. Isso é o mais difícil. Mas vc já deu o primeiro passo, parabéns!!
    Bem-vindo ao movimento e vamos espalhar poesia pela net!
    Um abraço e a gente se esbarra por aí...

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