quinta-feira, 17 de junho de 2010

Falando com Lygia Fagundes Telles

Dona Lygia, porque não me destes a alegria de vê-la pessoalmente?

Sei, sei... Mas o importante é que tuas palavras me encontraram...

Não é só a obra dos monstros da literatura como a senhora (uma monstra) que me fascina. Identifico-me com as almas deles e com a sua, com suas inquietações, numa busca de encontrar-se nas palavras, nos enredos criados, nas páginas de papel e hoje, na home pages...

Somos tantos os que procuram enxergar a vida de maneira poética, colorida, vibrante, dinâmica...
Com esses tais e, com a senhora ao ler poucas linhas, aprendi que não tô tão só nessa busca quase impulsiva e que por si só se faz.
Aprendi que as dúvidas movem a humanidade, livram-na do tédio. Os que tem alma, sensibilidade, sei lá como queiram chamar, procuram dar forma à mediocridade da vida corrida, que se torna monótona e hipócrita...

O que mais gosto é adentrar nas mentes, nas vidas e nas realidades irreais criadas e que tomamos como certas, aceitáveis... Ser louco, instigante... Eu gosto.

Mas sigo o seu conselho: "Solução melhor é não enlouquecer mais do que já enlouquecemos, não tanto por virtude, mas por cálculo. Controlar essa loucura razoável: se formos razoavelmente loucos não precisaremos desses sanatórios porque é sabido que os saudáveis não entendem muito de loucura. O jeito é se virar em casa mesmo, sem testemunhas estranhas. Sem despesas."


Receba minhas considerações e abraços, Lygia.

Ignácio

Nenhum comentário:

Postar um comentário