O céu anuncia que o dia acabou
Os astros me demonstram que deveria adormecer
Lá fora todo barulho cessou
Mas aqui dentro uma sede de ti vem me endoidecer
Eu deveria dar descanso ao meu corpo
Sinto que deveria poupar-me desta dor
Não é nesta carne onde me torno louco,
Mas nos labirintos dos olhos teus, amor
Que vontade de beber em teus lábios
Minha pele anseia o calor dos teus braços
Até minha razão converteu-se em delírio
Até minha candura está sob teu domínio
Que feitiço lançou sobre mim?
Por que tua ausência me maltrata assim?
Desfaleço de saudades de uma noite não vivida
Quero ser teu por inteiro antes de tua partida
Ignácio
quarta-feira, 21 de julho de 2010
terça-feira, 20 de julho de 2010
Sem sentido
Eu procurei para este agora, definições e palavras.
Procurei desvendar o teu olhar. Tentei enxergar atrás de teus olhos e almeijei ler os teus pensamentos, mas cada passo que dava, perdia-me mais e mais.
Eu quis conhecer os teus caminhos e desejei ir atrás de ti. Pensei em invadir teus sonhos, tocar tua pele e adormecer ao teu lado.
Deu-me vontade de te seguir de perto, vigiando-te – mordi meus lábios quando ouvi tua respiração-. Minhas mãos gelaram ao te ver de longe, o coração palpitou forte, mas não tive coragem para balbuciar um só som.
Sinto o teu cheiro, em verdade, criei um que ainda não inspirei, mentalizei essa fragrância em ti, tu a absorveu.
Não compreendo porque essa vontade de proteger-te está viva em mim. Não entendo como te inspiro confiança e nem tão pouco como minha ridicularidade e insensatez se tornaram vício e júbilo junto a ti.
Não sei se és apenas inspiração. Não sei como, mas perdi o que sobrava de minha razão. Não sei como, qual o teu método, mas tendes o dom de me fazer ser o mais sincero quando entendes minhas palavras, quando paras para ouvir meus textos ingênuos.
Eu nem preciso falar muito, apenas olhar-te já me satisfaz e me dispo ao ver a vida em ti, ao ver que bem estás, ao mergulhar no rio enigmático dos teus olhos, digno de Robert Langdon.
Não posso deixar de falar-te que quando pairo em mim, uma tristeza me assola. Não é por nada, é só mesmo porque ainda não aprendi a voar para chegar até a ti, quando dormes, para acariciar e cheirar os teus cabelos. Porém , num momento de inclinação, sinto que agora habito em tua mente. (Quisera eu não estar enganado)
Posso pedir somente uma coisa, um único favor? Aceite-me como morador dos teus sonhos, seja o que detém as minhas melhores impressões. Guarde-me, não me deixes desfalecer. Proteja-me, não me deixes macular. Deseja-me, sinta-me, guarde a minha voz, faças de mim tua mais doce lembrança. Guarda-me em ti e perene me tornarei, os dias não cessarão meu viço, nem, o tempo roubará a doçura de menino que me resta. Só guarda-me e quando te sentires sozinho, encontrarás em teu interior minhas frases simples, mas carregadas de um sentimento novo, pertecente só a nós.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Encarcerado no nada
Eu encontrei um abismo em mim. Na verdade eu não encontrei. Ele se apossou de mim naquela noite indescritível...
Perdi todos os meus sentimentos, conceitos, sensações, perspectivas, toques. Aqueles minutos foram eternos para mim e tive que me refugiar no sono, que por sua vez não queria vir.
Eu aprendi naquela noite que o nada toma forma. Eu aprendi naqueles instantes amargos o que era a inexistência e que a ausência de vida emocional, resquícios de alma e os demais corpos em mim, são o que lapidam o valor do dom da vida.
Eu amargurei aos céus, supliquei a Deus que arrancasse de mim a percepção do nada... o nada se apoderou de mim e eu me via amarrado, torturado pela notória sensação que era um animal sem presença divina, sem natureza espiritual, um verme morto e imprestável aos amigos organismos decompositores.
Foi a primeira vez que tive a impressão que saí do meu corpo denso. Mas se saí, saí sem querer... Aquele estado mental, fez-me repudiar às fragrâncias, as cores, os sabores, os toques, os desejos e sonhos futuros. Eu não entendo como percebi todo o vácuo e todo sentido da minha vida e das vidas entrelaçadas à minha, indo pelo ralo da percepção humana em instantes... Também não entendo como pude reter esse nada e passar tantos dias e dias para aqui registrá-lo...
Graças a Deus que dormi e pude remar para fora desse turbilhão sem sentido...dormi, mas nunca esqueci que sou escravo das sensações, da consciência que dependo da fé...
Ignácio
Perdi todos os meus sentimentos, conceitos, sensações, perspectivas, toques. Aqueles minutos foram eternos para mim e tive que me refugiar no sono, que por sua vez não queria vir.
Eu aprendi naquela noite que o nada toma forma. Eu aprendi naqueles instantes amargos o que era a inexistência e que a ausência de vida emocional, resquícios de alma e os demais corpos em mim, são o que lapidam o valor do dom da vida.
Eu amargurei aos céus, supliquei a Deus que arrancasse de mim a percepção do nada... o nada se apoderou de mim e eu me via amarrado, torturado pela notória sensação que era um animal sem presença divina, sem natureza espiritual, um verme morto e imprestável aos amigos organismos decompositores.
Foi a primeira vez que tive a impressão que saí do meu corpo denso. Mas se saí, saí sem querer... Aquele estado mental, fez-me repudiar às fragrâncias, as cores, os sabores, os toques, os desejos e sonhos futuros. Eu não entendo como percebi todo o vácuo e todo sentido da minha vida e das vidas entrelaçadas à minha, indo pelo ralo da percepção humana em instantes... Também não entendo como pude reter esse nada e passar tantos dias e dias para aqui registrá-lo...
Graças a Deus que dormi e pude remar para fora desse turbilhão sem sentido...dormi, mas nunca esqueci que sou escravo das sensações, da consciência que dependo da fé...
Ignácio
Um momento saudosista...
Tenho procurado na caixa de minhas lembranças o coração que tive quando criança, mas que perdi com o passar dos dias.
Que saudade de quando ouvia as vozes e não duvidava, sempre de bom grado atendia e não via má fé em ninguém. Hoje, chamo isso de ingenuidade e ingenuidade é uma das melhores coisas que já tive em maior escala.
Mas que saudade me dá agora de minha ingenuidade. De quando o mundo parecia mais simples e menos marketeiro, especulador, mais colorido e menos devastado pelo monóxido de carbono e menos preocupado com tempestades solares.
Saudade de “O Fantástico mundo de Bob”, do seu triciclo pelos corredores... Saudade da pipoca com manteiga da terra quentinha na calçada da igreja. Saudade de meus amigos correndo na praça sem preocupação com as aparências, com que os outros estavam pensando, fazendo (eu só descobri que eram meus amigos, muito mais tarde).
Sinto saudade de quando não me preocupava e de quando o dia passava mais devagar. Saudade do meu perfume de criança... Ainda guardo o cheirinho até hoje. Me deu uma saudade do meu uniforme da escola que eu detestava usar...
Saudade de minha amiga, bem velhinha, a Dona Ana. Saudade de quando ela me olhava e dizia que eu tava crescendo. Até hoje não sei como ela assistia duas novelas em canais diferentes e ao mesmo tempo. Saudade do cheiro da sala dela e um remorso de não ter dado o último adeus.
Sinto saudade do pé de cajá. Eu brinquei tanto de recriar uma vida com as frutinhas que arrancava antes de estarem maduras: as cajazinhas eram pessoas, com nomes e histórias.
Saudades de quando olhava pra mamãe e não via sinais de que o tempo ta passando. Saudade de ler os cordéis que a mãe Chica guardava e só deixava eu ler se ela estivesse perto (hoje nem sei onde eles foram parar). Saudade do café com leite dela. Nunca mais tomei um igual.
Saudades de olhar pro céu à noite e notar a mudança na posição das estrelas, de ver os aviões passando e começar a pensar qual seriam os diálogos que se travavam lá dentro.
Saudade da saudade que sentia dos meus irmãos. Quase morri de saudade quando Margarida foi viver a vida dela em outra cidade. Saudade de quando eu não me via diferente dos outros. Saudade da sensação de aprender a andar de bicicleta pegando a bicicleta do meu irmão e quase ser atropelado por um vizinho. Saudade de meus desenhos e de sonhar voando... Saudade de quando li O Pequeno Príncipe, da raposa...
Saudade dos dias que se foram. Mas se fosse possível que estes voltassem, eu não queria vivê-los todos em sua totalidade!
Eu quero o novo, o amanhã. As novas emoções, os novos conceitos, definições, novos sorrisos, olhares, energias. Só quero de volta aquela inocência boa, de nunca esperar as más ações. Mas ela não volta mais...
Então amanhã, terei saudades do que sou hoje. Terei saudade desse saudosismo que bateu em minha mente, em meus olhos, trazendo emoções vividas e revivendo cenas, fragrâncias, brisas.
*
Uma noite que adentrei nas memórias um tanto distantes.
Que saudade de quando ouvia as vozes e não duvidava, sempre de bom grado atendia e não via má fé em ninguém. Hoje, chamo isso de ingenuidade e ingenuidade é uma das melhores coisas que já tive em maior escala.
Mas que saudade me dá agora de minha ingenuidade. De quando o mundo parecia mais simples e menos marketeiro, especulador, mais colorido e menos devastado pelo monóxido de carbono e menos preocupado com tempestades solares.
Saudade de “O Fantástico mundo de Bob”, do seu triciclo pelos corredores... Saudade da pipoca com manteiga da terra quentinha na calçada da igreja. Saudade de meus amigos correndo na praça sem preocupação com as aparências, com que os outros estavam pensando, fazendo (eu só descobri que eram meus amigos, muito mais tarde).
Sinto saudade de quando não me preocupava e de quando o dia passava mais devagar. Saudade do meu perfume de criança... Ainda guardo o cheirinho até hoje. Me deu uma saudade do meu uniforme da escola que eu detestava usar...
Saudade de minha amiga, bem velhinha, a Dona Ana. Saudade de quando ela me olhava e dizia que eu tava crescendo. Até hoje não sei como ela assistia duas novelas em canais diferentes e ao mesmo tempo. Saudade do cheiro da sala dela e um remorso de não ter dado o último adeus.
Sinto saudade do pé de cajá. Eu brinquei tanto de recriar uma vida com as frutinhas que arrancava antes de estarem maduras: as cajazinhas eram pessoas, com nomes e histórias.
Saudades de quando olhava pra mamãe e não via sinais de que o tempo ta passando. Saudade de ler os cordéis que a mãe Chica guardava e só deixava eu ler se ela estivesse perto (hoje nem sei onde eles foram parar). Saudade do café com leite dela. Nunca mais tomei um igual.
Saudades de olhar pro céu à noite e notar a mudança na posição das estrelas, de ver os aviões passando e começar a pensar qual seriam os diálogos que se travavam lá dentro.
Saudade da saudade que sentia dos meus irmãos. Quase morri de saudade quando Margarida foi viver a vida dela em outra cidade. Saudade de quando eu não me via diferente dos outros. Saudade da sensação de aprender a andar de bicicleta pegando a bicicleta do meu irmão e quase ser atropelado por um vizinho. Saudade de meus desenhos e de sonhar voando... Saudade de quando li O Pequeno Príncipe, da raposa...
Saudade dos dias que se foram. Mas se fosse possível que estes voltassem, eu não queria vivê-los todos em sua totalidade!
Eu quero o novo, o amanhã. As novas emoções, os novos conceitos, definições, novos sorrisos, olhares, energias. Só quero de volta aquela inocência boa, de nunca esperar as más ações. Mas ela não volta mais...
Então amanhã, terei saudades do que sou hoje. Terei saudade desse saudosismo que bateu em minha mente, em meus olhos, trazendo emoções vividas e revivendo cenas, fragrâncias, brisas.
*
Uma noite que adentrei nas memórias um tanto distantes.
sábado, 19 de junho de 2010
Palavras quase ditas
Não Dona Maria, não vou fazer o que achas que devo fazer.
Que culpa tenho eu se não nasci com esse mesmo conformismo ou como preferem chamar, "juízo"?
Não tenho essa paciência de aceitar a mediocridade, a crueza de coração.
Eu gosto de poesia, de palavras novas, sentir o que eles sentiram quando marcaram o papel.
Não quero esse ímpeto de viver por viver.
Eu quero mais. Mais de mim mesmo, menos dessa forma cansativa e forjada que inventaram de se passar pela vida: mesmas canções, mesmas vestes, mesmas frases, mesmas máscaras...
Não, eu não agüento! Não desejo ser mais um tijolo na parede, não quero, repudio essa concepção, essa aceitação.
E daí se eu posso ver no Che tanto o herói como o carniceiro?
E daí se eu também vejo o criminoso como a vítima de si mesmo?
E o que vais fazer se eu não consigo ficar no mesmo lugar onde tem forró tocando? Meu Deus, esse tal Dejavu é um pecado contra a palavra música! (Não vou comentar o Rebolation. É muita cultura pra mim...)
Eu tenho culpa se meus ouvidos preferem o Villa lobos, o Chico e Elis?
Eu tenho culpa Chiavenato, se eu prefiro os poemas do Neruda?
Eu não vou ser como tu queres! Repito?
“Tá” bem: Eu não vou ser!
Não vou pôr bandeirinhas verde-amarelas na rua com vocês, não vou! Todo mundo virou crítico de futebol agora? Não bastam os programinhas esportivos, ou melhor, “futebolescos" que se aglomeram em todos os canais? Não basta no Twitter o #CALA A BOCA GALVAO? Ainda tem o Milton Neves que de tão chato ganhou minha audiência umas duas noites seguidas...
E por que, explique-me minha prezada, se você sabe que não sou fã de refrigerante, enche um copinho para mim? Eu não vou bancar o educado. Eu não vou beber!
E por que você quer sair do emprego se você não vai encontrar nada, já que não sabes ser útil? Eu tenho culpa se você está embriagada e mergulhada na sua infelicidade?
Não vou ouvir você, minha vizinha, ou melhor sua TV gritando um troço funk altíssimo em plena 00:00 horas. Também não vou ouvir seus três cães vira latas durante toda a madrugada num latido quase erudito, escalonado, ensaiado e proposital: de meia em meia hora exprimem toda a loucura absorvida de vossa senhoria. Tenha dó dessas criaturas! Livre os coitados de sua filha irritante. Eles estão estressados com a presença dela.
E por favor, amorzinho, tira esse CD dos Beatles!... Eu gosto deles, mas to com os poucos neurônios que me restam cansados. Só é isso! Eu sei que você é uma moça fora do convencional... Mas não me fale de seu professor de educação física...
Sim, Sra. Francisca, NIS tal e CPF tal, o que sucedeu foi um problema no meu software, por isso seus “papéis” ainda não deram certos. Mas é questão de tempo, não se preocupe... Tenha uma boa tarde!
Não Professor, não me venha falar essa palavra pela enésima vez... Você só conhece essa? É parâmetro pra cá e pra lá... Parâmetros dão lucros, insumos, são as despesas... Ah, sim! O feedback, os ativos, o CMV...
Tá certo mãe, já vou dormir, sei que tá tarde!...
Ignácio
Que culpa tenho eu se não nasci com esse mesmo conformismo ou como preferem chamar, "juízo"?
Não tenho essa paciência de aceitar a mediocridade, a crueza de coração.
Eu gosto de poesia, de palavras novas, sentir o que eles sentiram quando marcaram o papel.
Não quero esse ímpeto de viver por viver.
Eu quero mais. Mais de mim mesmo, menos dessa forma cansativa e forjada que inventaram de se passar pela vida: mesmas canções, mesmas vestes, mesmas frases, mesmas máscaras...
Não, eu não agüento! Não desejo ser mais um tijolo na parede, não quero, repudio essa concepção, essa aceitação.
E daí se eu posso ver no Che tanto o herói como o carniceiro?
E daí se eu também vejo o criminoso como a vítima de si mesmo?
E o que vais fazer se eu não consigo ficar no mesmo lugar onde tem forró tocando? Meu Deus, esse tal Dejavu é um pecado contra a palavra música! (Não vou comentar o Rebolation. É muita cultura pra mim...)
Eu tenho culpa se meus ouvidos preferem o Villa lobos, o Chico e Elis?
Eu tenho culpa Chiavenato, se eu prefiro os poemas do Neruda?
Eu não vou ser como tu queres! Repito?
“Tá” bem: Eu não vou ser!
Não vou pôr bandeirinhas verde-amarelas na rua com vocês, não vou! Todo mundo virou crítico de futebol agora? Não bastam os programinhas esportivos, ou melhor, “futebolescos" que se aglomeram em todos os canais? Não basta no Twitter o #CALA A BOCA GALVAO? Ainda tem o Milton Neves que de tão chato ganhou minha audiência umas duas noites seguidas...
E por que, explique-me minha prezada, se você sabe que não sou fã de refrigerante, enche um copinho para mim? Eu não vou bancar o educado. Eu não vou beber!
E por que você quer sair do emprego se você não vai encontrar nada, já que não sabes ser útil? Eu tenho culpa se você está embriagada e mergulhada na sua infelicidade?
Não vou ouvir você, minha vizinha, ou melhor sua TV gritando um troço funk altíssimo em plena 00:00 horas. Também não vou ouvir seus três cães vira latas durante toda a madrugada num latido quase erudito, escalonado, ensaiado e proposital: de meia em meia hora exprimem toda a loucura absorvida de vossa senhoria. Tenha dó dessas criaturas! Livre os coitados de sua filha irritante. Eles estão estressados com a presença dela.
E por favor, amorzinho, tira esse CD dos Beatles!... Eu gosto deles, mas to com os poucos neurônios que me restam cansados. Só é isso! Eu sei que você é uma moça fora do convencional... Mas não me fale de seu professor de educação física...
Sim, Sra. Francisca, NIS tal e CPF tal, o que sucedeu foi um problema no meu software, por isso seus “papéis” ainda não deram certos. Mas é questão de tempo, não se preocupe... Tenha uma boa tarde!
Não Professor, não me venha falar essa palavra pela enésima vez... Você só conhece essa? É parâmetro pra cá e pra lá... Parâmetros dão lucros, insumos, são as despesas... Ah, sim! O feedback, os ativos, o CMV...
Tá certo mãe, já vou dormir, sei que tá tarde!...
Ignácio
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Falando com Lygia Fagundes Telles
Dona Lygia, porque não me destes a alegria de vê-la pessoalmente?
Sei, sei... Mas o importante é que tuas palavras me encontraram...
Não é só a obra dos monstros da literatura como a senhora (uma monstra) que me fascina. Identifico-me com as almas deles e com a sua, com suas inquietações, numa busca de encontrar-se nas palavras, nos enredos criados, nas páginas de papel e hoje, na home pages...
Somos tantos os que procuram enxergar a vida de maneira poética, colorida, vibrante, dinâmica...
Com esses tais e, com a senhora ao ler poucas linhas, aprendi que não tô tão só nessa busca quase impulsiva e que por si só se faz.
Aprendi que as dúvidas movem a humanidade, livram-na do tédio. Os que tem alma, sensibilidade, sei lá como queiram chamar, procuram dar forma à mediocridade da vida corrida, que se torna monótona e hipócrita...
O que mais gosto é adentrar nas mentes, nas vidas e nas realidades irreais criadas e que tomamos como certas, aceitáveis... Ser louco, instigante... Eu gosto.
Mas sigo o seu conselho: "Solução melhor é não enlouquecer mais do que já enlouquecemos, não tanto por virtude, mas por cálculo. Controlar essa loucura razoável: se formos razoavelmente loucos não precisaremos desses sanatórios porque é sabido que os saudáveis não entendem muito de loucura. O jeito é se virar em casa mesmo, sem testemunhas estranhas. Sem despesas."
Sei, sei... Mas o importante é que tuas palavras me encontraram...
Não é só a obra dos monstros da literatura como a senhora (uma monstra) que me fascina. Identifico-me com as almas deles e com a sua, com suas inquietações, numa busca de encontrar-se nas palavras, nos enredos criados, nas páginas de papel e hoje, na home pages...
Somos tantos os que procuram enxergar a vida de maneira poética, colorida, vibrante, dinâmica...
Com esses tais e, com a senhora ao ler poucas linhas, aprendi que não tô tão só nessa busca quase impulsiva e que por si só se faz.
Aprendi que as dúvidas movem a humanidade, livram-na do tédio. Os que tem alma, sensibilidade, sei lá como queiram chamar, procuram dar forma à mediocridade da vida corrida, que se torna monótona e hipócrita...
O que mais gosto é adentrar nas mentes, nas vidas e nas realidades irreais criadas e que tomamos como certas, aceitáveis... Ser louco, instigante... Eu gosto.
Mas sigo o seu conselho: "Solução melhor é não enlouquecer mais do que já enlouquecemos, não tanto por virtude, mas por cálculo. Controlar essa loucura razoável: se formos razoavelmente loucos não precisaremos desses sanatórios porque é sabido que os saudáveis não entendem muito de loucura. O jeito é se virar em casa mesmo, sem testemunhas estranhas. Sem despesas."
Receba minhas considerações e abraços, Lygia.
Ignácio
Ignácio
sábado, 29 de maio de 2010
Sem métrica nem trovador
Eu prefiro a gente simples, de suor na testa,
De mãos calejadas, de costas curvadas,
Que sorri disfarçada,
Com um olhar profundo e alma sincera.
Não, isso não é poesia.
É só mesmo pra dizer
Que a felicidade não está
Somente no modelo que criaram pra se viver.
Não é nessa mesmice que espalham pelos lados,
Não é nesse estilo que adotam:
Olhares iguais, copiados.
Não é nessa moda passageira,
Nessa vida sem eira nem beira,
De pseudomúsica e embriaguez,
De mentes escravas do vil metal,
Outras escravas da ciência e presas ao surreal.
Felicidade está na mente peculiar de cada um.
Cada gente é agente transformador.
Tanto eu, como tu,
Pode tirar os espinhos para cheirar a flor.
Não, eu poeta não sou.
Nem métrica tenho
Apenas um coração sofredor.
Eu prefiro gente que as agruras não deixaram
Que o coração viesse amargar
Mas que agradecem pela lição que tomaram
Que no Divino não deixaram de acreditar.
Ignácio
De mãos calejadas, de costas curvadas,
Que sorri disfarçada,
Com um olhar profundo e alma sincera.
Não, isso não é poesia.
É só mesmo pra dizer
Que a felicidade não está
Somente no modelo que criaram pra se viver.
Não é nessa mesmice que espalham pelos lados,
Não é nesse estilo que adotam:
Olhares iguais, copiados.
Não é nessa moda passageira,
Nessa vida sem eira nem beira,
De pseudomúsica e embriaguez,
De mentes escravas do vil metal,
Outras escravas da ciência e presas ao surreal.
Felicidade está na mente peculiar de cada um.
Cada gente é agente transformador.
Tanto eu, como tu,
Pode tirar os espinhos para cheirar a flor.
Não, eu poeta não sou.
Nem métrica tenho
Apenas um coração sofredor.
Eu prefiro gente que as agruras não deixaram
Que o coração viesse amargar
Mas que agradecem pela lição que tomaram
Que no Divino não deixaram de acreditar.
Ignácio
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